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25/10/2012

Planeta Terra Festival: Saiba quase tudo sobre a edição 2012 do festival mais indie do Brasil

FOTOS: Terra

Para algumas pessoas o título do post pode soar um pouco equivocado e até mesmo pretensioso, mas, para quem esteve presente no último sábado (20), no Jockey Club de São Paulo, a impressão foi essa, sim.

Com um line-up menor que outros festivais realizados no país (a exemplo do Rock in Rio, e Lollapalooza - que foi liindo aliás) o Planeta Terra foi a ocasião especial para reunir num só lugar gente de todas as tribos, idades e gostos musicais, digamos assim, mais altern.


Agora que você já leu a introdução, que tal saber mais um pouco sobre as atrações que colocaram o Jockey pra ferver. Preparado? Então, acompanha que o post de hoje tá todo trabalhado na quilometragem, Acelera aê (o coração, hoje é dia de Ivete).

As primeiras atrações a se apresentar foram Far From Alaska e Madrid, ambas no Claro Indie Stage (segundo palco).

A Far From Alaska, é uma banda do Rio Grande do Norte, e sagrou-se a grande campeã do Concurso Som Para Todos, que tinha como prêmio a apresentação no Festival. Eles se apresentaram pontualmente às 13h00.

Em seguida, foi a vez do Madrid subir ao palco. A dupla formada por Adriano Cintra e Marina Vello (ex- CSS e Bonde do Role, respectivamente) fizeram um show correto e mais introspectivo - como as próprias canções já denunciam por si só -. Infelizmente, não pude ver nenhum dos dois, pois, como dependi de metrô para ir ao Jockey, e pra completar a chuva que caía naquele momento, fez com que eu acabasse chegando atrasado no local, apesar de querer muito ver todos os shows desta edição do Festival.

Às 15h, um dos shows mais aguardados (por mim, pelo menos) começou.


Banda UÓ, o trio goiano mais hype e falado do momento que une funk, brega e estilo tudo junto e de uma vez só subiu ao palco do Claro Indie Stage e mostrando que nem mesmo a chuva que insistia em cair, iria fazer a apresentação ser menos efusiva. Com um set baseado no primeiro álbum, Motel, a Banda UÓ colocou todo mundo pra dançar, suar, e cantar todas as músicas, mostrando que sim, eles vieram pra ficar.

Quinze minutos depois, começava o primeiro show do Sonora Main Stage, primeiro e maior palco do Festival. A cantora Mallu Magalhães, abriu os trabalhos num show calmo e baseado no seu mais recente álbum, Pitanga, cheguei apenas no final do show (já que estava dançando/pulando/cantando e sendo filmado no show da Banda UÓ, rs).

Em seguida, a loirinha lindinha Little Boots, se apresentou no Claro Indie Stage onde - já com sol - fez um show fofinho-eletrônico. Na minha opinião, poderiam ter mudado o horário, e colocado Banda UÓ pra deixar a galera mais na adrenalina, mas, foi um show legal também. Não assisti ao show todo, pois, meia-hora depois, a dupla que eu mais queria ver estava se apresentado no outro palco.


Sim, era a vez de Best Coast se apresentar, a dupla de surf music mais altern da atualidade, mostrou que os seus sucessos - e carreira - vão muito além da LINDA Our Deal (clipe mais lindo evá), muita gente que nem conhecia a banda saiu de lá fã, e eu que já era só me deletei ao vê-los ao vivo, muito amor. <3

Depois do show do Best Coast, resolvi dar uma volta pelos espaços. Gostei muito da cabine do grito da HP (a qual você entra, escolhe uma música e depois grita, ativando um sensor que tira uma foto sua e que logo você podia compartilhar nas redes sociais, e até mesmo levá-la de lembrança impressa, o problema era a demora). A cabine de som da Gol era bem legal também, na qual você ganhava brindes num quiz à la Song Pop. Ganhei e garanti um porta-trecos (oi? rs). Tinha também uns pirulitos de chocolate do Banco do Brasil (que eu sempre ia atrás porque estavam uma delícia), e outros que acabei não vendo  #xatiado por que estava molhado.

Depois, foi a vez de conferir o show do The Maccabees, que acabou me surpreendendo por ser super legal, e que me fisgou de um jeito que acabei nem ligando pra conferir um pouco do Suede, que se apresentou no mesmo horário no Sonora Main Stage.

Às 19h15 - parabéns, Planeta Terra pela organização e pontualidade - , entrou  o DJ que acompanha Azealia ‘fucking’ Banks em suas apresentações. Em exatos 10 minutos, ele deixou todo mundo embasbacado com um set lindo de morrer e de fazer inveja em qualquer Tiesto e David Guetta. Todo mundo dançou, gostou e aplaudiu. Em seguida, era a vez da rapper mais altern de 2012 subir ao palco e mostrar porque em poucos meses ganhou tanto destaque da mídia. Azealia entrou ao som de Van Vogue, e colocou geral pra dançar as músicas de seu primeiro EP 1991, e também de Fantasea, a sua mixtape. Apesar da boa aceitação da plateia, ela acabou fazendo o show mais curto do Festival, creio que pelo curto repertório, mas, não fez feio, e apesar da falha no som na última faixa do show - a bombante 212 -, Azealia deixou todo mundo aquecido pelo que viria a seguir. E também com um gostinho de quero mais.


Garbage entrou com atraso de uns 5 minutos, e me deixou com uma curiosidade de conhecer ainda mais do seu vasto repertório; confesso que não sou fã e por isso mesmo, assisti a pouco menos de 3 músicas e fui conferir The Drums, que eu já conhecia e gosto. Não empolgou tanto como eu gostaria, mas, deu pra aproveitar a passagem deles pelo Brasil com a sua turnê. Segundo eles, esse foi o melhor que já fizeram.

Kings Of Leon foi a banda escolhida para encerrar os trabalhos no Sonora Main Stage. Já curti mais a banda e, portanto, não me preocupei em vê-los, já que 15 minutos depois, no Claro Indie Stage, aquele que foi o principal motivo da minha ida ao festival subiria ao palco: Gossip.



Beth Ditto e cia. chegou ao palco fazendo gracinha com o sucesso de Avenida Brasil, e cantarolou Oi Oi Oi. Todo mundo riu e se rendeu ao charme da rocker americana mais fashion e foda de todos os tempos (sim, sou mt fã, mindeixa). Em seguida, mostrando que também é ~engaçadinha~ esbravejou: “Welcome to the show, we’re the Kings Of Leon!”. Mais uma vez o público riu e se derramou de amores por ela, a front-man da banda, que também aproveitou a ocasião para elogiar a banda Garbage - que na sua opinião, é uma das melhores do gênero rock -.  Beth aproveitou também para pedir milhares de desculpas pelos seus furos anteriores com o público brasileiro, e disse que não fará isso nunca mais (para quem não sabe, ela já tinha 'programado' outros dois shows e cancelou em cima da hora); tomando uma caipirinha, arrotando, pedindo desculpas, Beth fez tudo aquilo o que esperamos de um show: entreteu o público, cantou pra valer e mostrou um set de fazer inveja a muita banda já consagrada. Love Long Distance foi a escolhida para abrir o show. Ela fez um cover fofo para Bad Romance, de Lady GaGa, da qual já se declarou fã, e assim aproveitou para cantar Listen Up, a primeira faixa da banda a fazer sucesso. Fez cover de Nirvana, Tina Turner, e Queen. E quando todos pensavam que o show já tinha acabado, a vocalista pega o microfone, faz mais gracinhas e volta para cantar Heavy Cross - talvez uma das mais esperadas pelo público que já estava no local há mais de 10 horas e que fazia a palavra cansaço sequer existir -. Beth surpreende e volta sem o vestido do show, e trajando apenas a parte de baixo do seu figurino, foi cantar junto ao público que estava na grade. Abraçou os fãs, tirou fotos, deu cigarro, e deu muitos, muitos selinhos em toda a primeira fila (juro que fiquei com raiva de não está lá). Enfim, muitos podem ter ido ao Planeta Terra Festival apenas com o objetivo de ver Garbage e Kings Of Leon, mas, a grande estrela/show da noite sem dúvida alguma foi da cantora inglesa e com muitos quilinhos a mais de talento, carisma e charme, Beth Ditto.


Voltem logo, a casa sempre será de vocês Gossip.

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