Hoje é o última dia desse nosso primeiro especial aqui do
Pop Loaded e eu já estou com saudades. Então vamos seguir. Hoje vamos falar de 3 seriados de comédia que marcaram muita gente.
A Diarista é o primeiro deles. Este um dos poucos acertos dentre as séries cômicas da Rede Globo de televisão. É fruto de um dos famosos especiais de fim de ano da emissora. Vários outros especiais de final de ano deram origem a seriados, como
A Diarista, o que nos leva à dar uma atenção extra para esses programas, pois eles podem ser o que veremos na nossa telinha durante o ano seguinte.
Com toda a atenção – merecida, diga-se de passagem – à Cláudia Rodrigues no papel de Marinete, uma empregada doméstica que passa por aventuras de rachar de rir, o restante do núcleo também merece muita atenção: dentre eles estão Dira Paes, no papel da burra Solineuza (“- Neeeeeteeeeeee”); Cláudia Mello, como Dalila; Helena Fernandes, como a sexy e multifuncional Ipanema; e grande elenco.
Criação de Glória Perez, com direção de Cininha de Paula, o projeto continuou por 4 anos nas mãos de Bruno Mazzeo como escritor e José Alvarenga Jr. na direção, porém foi cancelado devido à queda na audiência que toda a emissora de Roberto Marinho vinha sofrendo, sendo interrompido com ainda 3 episódios inéditos por sair, e substituída pelo chatíssimo
Toma Lá Dá Cá. Em 2009, após passar 2008 sem nenhum episódio novo, iniciava-se a gravação de 12 episódios para o que seria a 5ª Temporada de
A Diarista. A produção foi interrompida devido à esclerose múltipla que a protagonista, Cláudia Rodrigues, vinha sofrendo e da qual precisava tratar.
Com 119 episódios e 3 DVDs de “melhores momentos”, A Diarista ainda não teve seu final definitivo decretado, porém, 4 anos sem muitas novidades animadoras, não há muita esperança de ver Marinete faxinando novamente.
Se lá no norte da América, Fringe sofre sendo exibida às sextas-feiras por ser o horário mais desprezado pelos canais, aqui no Brasil, entre 2001 e 2003, a sexta foi o dia que abrigou o que muitos consideram o melhor seriado dos últimos tempos. Tão bom que, como Sex and the City, já rendeu dois filmes.
Os Normais trás as confusões de Ruy (Luis Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres), noivos – que tem a origem de sua relação explicada no primeiro filme – que, muito apaixonados, trazem à tona de forma extremamente cômica assuntos como sexo e toda a graça que pode vir de uma discussão de relação que dura 3 anos; 3 temporadas.
Escrito por Alexandre Machado e Fernanda Young (que, vamos combinar, nunca mais conseguiu emplacar nada) e dirigido por José Alvarenga Jr.,
Os Normais teve 71 episódios, 2 filmes e muitas risadas.
Premiado com o Troféu Imprensa e o Gran Premio de TV Latina, o seriado faz falta na nossa telinha.
Sai de Baixo teve 241 episódios e 7 anos de reinado absoluto na tela de minha tevê, todos os domingos. Com muitos bordões que, diferente do Zorra Total, não nos cansavam, muito humor negro e piadas politicamente-incorretas, Caco (Miguel Falabela), Magda (Marisa Orth), Cassandra (Aracy Balabanian) e Vavá (Luís Gustavo) davam um banho de risos e de qualidade de entretenimento, sempre que se reuniam em seu lar-doce-lar, no Largo do Arouche, em São Paulo.
Com episódios escritos por Falabella, Rosana Hermann, Maria Carmem Barbosa e Euclydes Marinho e direção de Daniel Filho, Denis Carvalho, José Wilker, Jorginho Fernando e Cininha de Paula, quem comandava mesmo o
sitcom, eram os atores, especialmente Falabella e Balabanian – com alguns momentos de estrelato para Marisa – que, no pico das gravações feitas no Teatro Procópio Ferreira, com uma plateia de verdade, resolviam improvisar, fazer piadas um com os outros e brincar, não só com as caricaturas de si mesmos, mas também com os elementos de cena e as colas do roteiro espalhadas pelo cenário.
Caco, um homem apaixonado por dinheiro e muito pilantra é casado com a bela e muitíssimo burra Magda, filha da vaidosa Cassandra, viúva do Brigadeiro Salão, que ostenta um penteado armado com muito laquê e muita maldade na língua. Cassandra, Magda e Caco são obrigados a se mudar de seu chique apartamento no bairro do Jardins, em São Paulo, para a casa do irmão de Cassandra, Vavá, depois de perderem tudo para o fisco, por culpa das falcatruas de Caco.
“Cala a boca Magda!”, “eu tenho HORROR a pobre” “Cascacu, uma mistura de Cascavel com Sururucu”, “canguru-perneta”, “eu sou pobre, mas sou limpinha”, dentre outros bordões que vieram de
Sai de Baixo, são ainda repetidos por nós, fãs-saudosos.
Sai de Baixo passou por alguns tropeços em seu caminho que acabaram levando-o ao cancelamento, mas, sem dúvida nenhuma, foi o seriado brasileiro mais referenciado quando se relembra o que ele significou. Hoje em dia, é reprisado no Canal Viva.
Mas é claro que o
ZORRA TOTAL do último dia seria essa obra prima da televisão brasileira. Com vocês,
Zorra Total!
Zorra Total! Mais de 10 anos enchendo nossa paciência. Ai, como eu tô bandida.