"If you had a friend you knew you’d never see again what would you say?"
Brooke Davis transmitiu exatamente o meu sentimento em relação ao final de
One Tree Hill. Poucas séries conseguem durar tanto quanto esta que vai muito além dos dois irmãos jogando basquete. Com 9 temporadas nas costas
One Tree Hill já foi alvo de diversos comentários, algumas críticas, muitos elogios. Existem aqueles que reclamam de como a série desvirtuou do seu propósito inicial: os irmãos e o esporte. Porém existem aqueles que como eu receberam a mensagem que, creio eu, tenha sido o propósito inicial de Mark Schwahn (criador da série), que é o fator pertencer.
One Tree Hill é cheia da essência
Dawson’s Creek, e um dos marcos desta segunda é a citação de Jen no
series finale sobre não sentir que encontrou seu lugar no mundo. No caso da atual, toda a série é baseada nisso, achar seu lugar no mundo, pertencer a alguém, acreditar em algo e perseguir seus sonhos. Tree Hill foi a cidade fictícia mais real da televisão. Durante 9 temporadas todos nós vivemos ali, todos nós crescemos ali e, através dela, descobrimos onde é nosso lugar no mundo.
Uma premissa simples, adolescente e, por muitas vezes tachada até de boba, foi transformada em algo que palavras não sabem descrever. Essa não é uma série que cativa no piloto, que mostra seu potencial de cara ou que explode cabeças, ela é do tipo que chega devagar, vai te conquistando aos poucos, que não tem medo de ser calma e aconchegante.
Eu não posso chegar, encher o
post de palavras como brilhante, perfeita, genial, incrível para definir toda a série (apesar de achar que todas se aplicam). Porque
One Tree Hill não é uma série com um roteiro impecável, que ganhou vários prémios ou tenha grande reconhecimento da crítica. Mas uma coisa eu posso dizer: na minha vida já vi muitas séries, muitos dramas, mas nenhuma me tocou como essa me tocou.
E eu acho que é isso que precisamos hoje em dia. Como eu disse no começo, todos aqueles personagens são grandes amigos, se tornaram grandes companhias com o passar desses anos. Os vimos evoluir, crescer, e o mais importante: crescemos junto com eles. Enfrentamos
psychos com eles, nos apaixonamos e tivemos o coração partido junto com eles.
Esse é o brilho de
One Tree Hill, fazer com que você se sinta parte daquilo tudo. Como o que aconteceu no episódio 9x11
Danny Boy, toda a grandiosidade do episódio estava no fato de que não eram as mágoas de Nathan e Haley que estavam sendo curadas, mas as nossas também. Por todo esse tempo vivemos com um ressentimento, e Mark curou todas as mágoas que tínhamos.
Assim também aconteceu em todo o seu
series finale, todo o sentimento era de que estávamos presentes, naquele lugar, naquele momento. Quando me peguei cantando
I Don’t Wanna Be, olho para a tela da TV e percebo que todos os personagens estão cantando "comigo" foi um sentimento inexplicável. Todo o final foi inexplicável, sensação de puro orgulho, de dever cumprido. A mais pura satisfação de ter permanecido com a série até o ultimo fôlego.
One Tree Hill não era perfeita, mas foi perfeita para nós, fãs. Ensinou-nos lições que guardaremos para toda vida, nos fez ter esperança no amor, ter esperança nas pessoas e acreditar que podemos ser melhores, que podemos sonhar, ter ambição e alcançar nossos sonhos. Mark Schwahn disse que daria um final que seria uma verdadeira carta de amor aos fãs. Eu ouso dizer que Mark Schwahn deu uma série completa que é uma verdadeira carta de amor. Por fim, me resta deixar para
One Tree Hill as palavras de Gavin DeGraw:
"Tonight you arrest in my mind..." – Belief
P.S: Não lembro de que Tumblr é a última foto com a frase, caso apareça o dono, favor se manifestar pra obter os créditos.