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16/12/2011

Plim! Plim! - O Melhor da TV nacional (parte 5: final)

Hoje é o última dia desse nosso primeiro especial aqui do Pop Loaded e eu já estou com saudades. Então vamos seguir. Hoje vamos falar de 3 seriados de comédia que marcaram muita gente.

A Diarista é o primeiro deles. Este um dos poucos acertos dentre as séries cômicas da Rede Globo de televisão. É fruto de um dos famosos especiais de fim de ano da emissora. Vários outros especiais de final de ano deram origem a seriados, como A Diarista, o que nos leva à dar uma atenção extra para esses programas, pois eles podem ser o que veremos na nossa telinha durante o ano seguinte.


Com toda a atenção – merecida, diga-se de passagem – à Cláudia Rodrigues no papel de Marinete, uma empregada doméstica que passa por aventuras de rachar de rir, o restante do núcleo também merece muita atenção: dentre eles estão Dira Paes, no papel da burra Solineuza (“- Neeeeeteeeeeee”); Cláudia Mello, como Dalila; Helena Fernandes, como a sexy e multifuncional Ipanema; e grande elenco.


Criação de Glória Perez, com direção de Cininha de Paula, o projeto continuou por 4 anos nas mãos de Bruno Mazzeo como escritor e José Alvarenga Jr. na direção, porém foi cancelado devido à queda na audiência que toda a emissora de Roberto Marinho vinha sofrendo, sendo interrompido com ainda 3 episódios inéditos por sair, e substituída pelo chatíssimo Toma Lá Dá Cá. Em 2009, após passar 2008 sem nenhum episódio novo, iniciava-se a gravação de 12 episódios para o que seria a 5ª Temporada de A Diarista. A produção foi interrompida devido à esclerose múltipla que a protagonista, Cláudia Rodrigues, vinha sofrendo e da qual precisava tratar.

Com 119 episódios e 3 DVDs de “melhores momentos”, A Diarista ainda não teve seu final definitivo decretado, porém, 4 anos sem muitas novidades animadoras, não há muita esperança de ver Marinete faxinando novamente.


Se lá no norte da América, Fringe sofre sendo exibida às sextas-feiras por ser o horário mais desprezado pelos canais, aqui no Brasil, entre 2001 e 2003, a sexta foi o dia que abrigou o que muitos consideram o melhor seriado dos últimos tempos. Tão bom que, como Sex and the City, já rendeu dois filmes.


Os Normais trás as confusões de Ruy (Luis Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres), noivos – que tem a origem de sua relação explicada no primeiro filme – que, muito apaixonados, trazem à tona de forma extremamente cômica assuntos como sexo e toda a graça que pode vir de uma discussão de relação que dura 3 anos; 3 temporadas.


Escrito por Alexandre Machado e Fernanda Young (que, vamos combinar, nunca mais conseguiu emplacar nada) e dirigido por José Alvarenga Jr., Os Normais teve 71 episódios, 2 filmes e muitas risadas.
Premiado com o Troféu Imprensa e o Gran Premio de TV Latina, o seriado faz falta na nossa telinha.



Sai de Baixo teve 241 episódios e 7 anos de reinado absoluto na tela de minha tevê, todos os domingos. Com muitos bordões que, diferente do Zorra Total, não nos cansavam, muito humor negro e piadas politicamente-incorretas, Caco (Miguel Falabela), Magda (Marisa Orth), Cassandra (Aracy Balabanian) e Vavá (Luís Gustavo) davam um banho de risos e de qualidade de entretenimento, sempre que se reuniam em seu lar-doce-lar, no Largo do Arouche, em São Paulo.

 

Com episódios escritos por Falabella, Rosana Hermann, Maria Carmem Barbosa e Euclydes Marinho e direção de Daniel Filho, Denis Carvalho, José Wilker, Jorginho Fernando e Cininha de Paula, quem comandava mesmo o sitcom, eram os atores, especialmente Falabella e Balabanian – com alguns momentos de estrelato para Marisa – que, no pico das gravações feitas no Teatro Procópio Ferreira, com uma plateia de verdade, resolviam improvisar, fazer piadas um com os outros e brincar, não só com as caricaturas de si mesmos, mas também com os elementos de cena e as colas do roteiro espalhadas pelo cenário.

Caco, um homem apaixonado por dinheiro e muito pilantra é casado com a bela e muitíssimo burra Magda, filha da vaidosa Cassandra, viúva do Brigadeiro Salão, que ostenta um penteado armado com muito laquê e muita maldade na língua. Cassandra, Magda e Caco são obrigados a se mudar de seu chique apartamento no bairro do Jardins, em São Paulo, para a casa do irmão de Cassandra, Vavá, depois de perderem tudo para o fisco, por culpa das falcatruas de Caco.


“Cala a boca Magda!”, “eu tenho HORROR a pobre” “Cascacu, uma mistura de Cascavel com Sururucu”, “canguru-perneta”, “eu sou pobre, mas sou limpinha”, dentre outros bordões que vieram de Sai de Baixo, são ainda repetidos por nós, fãs-saudosos.

Sai de Baixo passou por alguns tropeços em seu caminho que acabaram levando-o ao cancelamento, mas, sem dúvida nenhuma, foi o seriado brasileiro mais referenciado quando se relembra o que ele significou. Hoje em dia, é reprisado no Canal Viva.


Mas é claro que o ZORRA TOTAL do último dia seria essa obra prima da televisão brasileira. Com vocês, Zorra Total!


Zorra Total! Mais de 10 anos enchendo nossa paciência. Ai, como eu tô bandida.

Eduardo Dot

Sobre o autor

Eduardo Dot: Estudante de Administração e quase psicólogo, escreve sobre tecnologia e games. (leia mais...)

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