Hoje é o terceiro dia do nosso especial, e se você não tá entendendo nada, confira aqui as partes um e dois. Vamos continuar, cremosas?
O Quinto dos Infernos tinha o Marcos Pasquim.
Ainda assim, O Quintos dos Infernos, MESMO com o Marcos Pasquim e toda aquela apelação sexual homoerótica com ele seminu a série inteira, que a gente odeia (COF! COF!), foi uma série memorável que marcou a nossa telinha.
Contando de forma bem humorada os bastidores da Independência do Brasil – uma forma de ironização de estórias vindas dos roteiros de teatro dos ano 80-90, e que acabou ficando tão cansativa e caricata que ninguém aguenta mais –, O Quinto dos Infernos transformou a corte de Dom Pedro I num inferninho, justificado especialmente pelo caricato e ninfomaníaco personagem dele, do mito, Marcos Pasquim.
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Delícia! Delícia! Assim você me mata! |
O Pedro da história, conta o mito, tinha priapismo (uma condição de saúde que não permite o amolecimento do pênis, após ereto) além da fama de sex-addicted. O Pedro de O Quinto é a caricatura mais forçosa disso, herdando essa condição de sua mãe, Carlota Joaquina, uma espanhola caliente que não perde tempo e tem prazer leviano a todo instante, adúltera, sem se preocupar com os sentimentos do marido.
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Uma patacoada só! |
O Quinto dos Infernos foi exibido no ano de 2002, com 48 episódios de 40 minutos, roteiro de Carlos Lombardi (que também escreveu SU-CES-SOS como Kubanacan, Bang Bang, Pé na Jaca e Guerra e Paz), dois desconhecidos e colaboração de Wolf Maya, direção de uns quaisquer aí, direção geral de Wolf Maya e algum desconhecido, direção de núcleo de Wolf Maya... Alguém me explica, o Wolf é passiva ou ativa pro Pasquim e pro Lombardi?

Com divos no elenco como Danielle Winits (HAHAH), Humberto “Já fui o Pasquim” Martins, Betty Lago, José “Comentarista do Oscar” Wilker, Maria Padilha, Caco Ciocler, Luana @sigapiovani, Bruna Lombardi, Eva Wilma, Carolina Ferraz, Lima Duarte, Cláudia “Prudente da Costa” Abreu, e muito mais.
Quinto foi ao ar no tempo certo, um ano mais tarde e teria sido transformado de uma avacalhação bem-vinda em uma mesmice sem fim que ninguém aguenta mais.
Quinto foi ao ar no tempo certo, um ano mais tarde e teria sido transformado de uma avacalhação bem-vinda em uma mesmice sem fim que ninguém aguenta mais.
A segunda série desse terceiro dia é Presença de Anita.
Uma menina delicada, diabolicamente perturbada, que mexe com a virilidade de um homem mais perturbado ainda. Esta é Anita, de Presença de Anita. A personagem erotizada da estreante Mel Lisboa, criada por Mário Donato, brinca com o imaginário masculino de um José Mayer fraco para a levianidade e para a luxúria.
Para os fãs de Nabokov, é impossível não recordar da safada Lolita; Lô, pela manhã, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete; Lola ao vestir os jeans desbotados; Dolly, na escola; Dolores, sobre a linha pontilhada; mas nos braços de Humbert Humbert, sempre foi e sempre será Lolita.
Lolita... Anita. Talvez até o nome seja proposital.

Anita, embalada pela trilha romântica, na voz de Maysa, Ne Me Quitte Pas (“Não me Abandone”, em tradução livre), brinca consigo mesma em uma casa de bonecas. Uma menina que acredita que o destino impera em sua vida. Não podendo escolher seu destino, decide viver sua vida até as últimas consequências.
Se por um lado, Nando, o personagem de Mayer, quer escrever um romance e vê em Anita a inspiração ideal, na casa da frente, Zezinho (Miggiorin) descobre na menina leviana sua primeira paixão. Diante de uma estória tão encantadora, o resto do elenco faz-se dispensável.

Especial - ZORRA TOTAL DO DIA!
Ontem tivemos a Escolinha do Gugu, e quem vem nos envergonhar hoje éééé....

Por que, se ninguém aguenta Zorra Total, imagina um spin-off.
Até amanhã. ;)